
Mas eu tinha que lhe dizer antes que aquele ônibus partisse
que embora eu estivesse partida em mil pedacinhos,
ainda restava-me força e fôlego para lhe dizer
com a voz engasgada, que eu ia ficar lhe esperando
o resto da minha vida, mas que estava disposta
a enfrentar o silêncio dos seus passos pelos cantos da casa,
e, que mesmo aos "trancos", abriria a janela do quarto
para que o sol pudesse invadir com os seus raios luminosos
o meu ser tão cansado que por tanto tempo lhe abrigou...
Mas eu tinha que lhe dizer muito mais ainda,
que eu não podia lhe impedir de partir,
e deixar você ir agarrar com unhas e dentes
o mundo que lhe aguardava...
Chega uma hora que a VIDA é a única escolha,
e para você não poderia ser diferente,
a hora é essa que está lhe acontecendo agora,
e que esse é o tempo de você se “fazer”, eu sei...
Fiz o que você me pediu quando nos despedimos,
“engoli” o choro, e só me restou então,
acenar até o ônibus desaparecer
naquela estrada que parecia não ter fim,
para finalmente soltar o choro que estava entalado
da sua falta, do seu sorriso, do seu abraço,
do meu medo de voltar sozinha para abrir
a porta da nossa casa espalhada de lembranças suas...
Eu sabia que ia ser assim,
mas eu enfrentei corajosamente
aquela volta com os olhos pregados na estrada
que nos levou, e que me trouxe sem você de volta pra casa.
Rosângela Cunha
que embora eu estivesse partida em mil pedacinhos,
ainda restava-me força e fôlego para lhe dizer
com a voz engasgada, que eu ia ficar lhe esperando
o resto da minha vida, mas que estava disposta
a enfrentar o silêncio dos seus passos pelos cantos da casa,
e, que mesmo aos "trancos", abriria a janela do quarto
para que o sol pudesse invadir com os seus raios luminosos
o meu ser tão cansado que por tanto tempo lhe abrigou...
Mas eu tinha que lhe dizer muito mais ainda,
que eu não podia lhe impedir de partir,
e deixar você ir agarrar com unhas e dentes
o mundo que lhe aguardava...
Chega uma hora que a VIDA é a única escolha,
e para você não poderia ser diferente,
a hora é essa que está lhe acontecendo agora,
e que esse é o tempo de você se “fazer”, eu sei...
Fiz o que você me pediu quando nos despedimos,
“engoli” o choro, e só me restou então,
acenar até o ônibus desaparecer
naquela estrada que parecia não ter fim,
para finalmente soltar o choro que estava entalado
da sua falta, do seu sorriso, do seu abraço,
do meu medo de voltar sozinha para abrir
a porta da nossa casa espalhada de lembranças suas...
Eu sabia que ia ser assim,
mas eu enfrentei corajosamente
aquela volta com os olhos pregados na estrada
que nos levou, e que me trouxe sem você de volta pra casa.
Rosângela Cunha
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Só conheço uma liberdade,
e essa é a liberdade
do pensamento.
Antoine de Saint-Exupéry